
Economia Circular: Um Caminho Sustentável para a Sociedade e para a Indústria
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Tradicionalmente, estamos acostumados a um turno de trabalho: das 8h às 17h, com uma hora de almoço e suas variações (entrar uma hora mais cedo e sair uma hora mais tarde, por exemplo). Nesse modelo, existem dois picos de produtividade: antes do almoço e depois do almoço. Salvos os casos de pessoas que trabalham de plantão (e dormem de dia para trabalhar de noite), vemos que na maioria das empresas o chamado “horário comercial” é o que manda.
No entanto, parece que agora as coisas estão mudando. Desde o início da pandemia pela covid-19, um “novo normal” tomou conta de todas as empresas. Trabalho em home office, trabalho híbrido – mesclando compromissos presenciais com compromissos on-line -, reuniões em locais compartilhados com maior frequência… Pode ser clichê pensar em “novo normal”, mas se pararmos para pensar no tanto que o regime de trabalho vem mudando de 2019 para cá, percebemos que é uma evolução de mais de aproximadamente dez anos dentro de pouco mais de dois.
Um estudo recente da Microsoft chamado de “Worktrend Index” constatou que um novo período produtivo de trabalho está surgindo, com pessoas continuando a trabalhar de casa mesmo após o expediente, em um período por volta das 22h. A pesquisa foi feita por meio de um monitoramento no computador dos usuários que participaram do estudo e, apesar do terceiro período de produtividade ser menor que os dois primeiros do dia, ainda sim é significativo e pode contribuir para o que eles chamam de dia interminável de trabalho.
O estudo não conseguiu mapear as motivações que fizeram esse comportamento mudar. Por exemplo, alguns podem ter trabalhado mais durante a noite porque escolheram folgar durante um dia de trabalho. Ou então, preferem usar a noite para trabalhar e o dia para ter mais tempo de qualidade com a família. Isso nos mostra que o futuro do trabalho está na flexibilidade: onde se trabalha, que hora se trabalha e de que forma se trabalha já não importa tanto quanto antigamente.
Algumas pessoas têm hábitos noturnos e podem preferir dormir até tarde e trocar o primeiro turno de trabalho da manhã por um turno da noite. Outras, podem preferir trabalhar no horário comercial tradicional para ter as noites livres. A flexibilidade do trabalho nos mostrou que é possível trabalhar para viver e não viver para trabalhar.
Apesar disso, é importante se atentar. O estudo não mapeou motivações, por isso inferimos compreensões finais. É importante pensar que as pessoas também podem estar somente sobrecarregadas e levando mais trabalho para a casa, o que pode ocasionar sérios problemas de saúde como a síndrome de burn out. O limite entre a vida pessoal e profissional deve ser estabelecido e respeitado.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, todo ser humano tem um circuito natural de mudanças físicas, mentais e comportamentais que o corpo sofre em um ciclo de 24 horas, o que é chamado de ciclo circadiano. Eles são afetados pela luz e pela escuridão, controlados por uma pequena área no meio do cérebro.
Pessoas que escolherem trabalhar no terceiro turno, ou até mesmo, aquelas que não tiverem escolha, precisam se atentar para as funções corporais afetadas pelo ciclo circadiano, ou podem desenvolver doenças como obesidade, depressão, diabetes e outros distúrbios.
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